Consideradas de interesse público em 1943, as Grutas das Lapas terão sido descobertas por alturas do Neolítico (10 000 a.C.), mas acredita-se que foram os romanos os primeiros a explorarem-nas para extração de tufo calcário, destinado à construção civil.
As cavidades já existiriam, originadas pelo maciço calcário e a ação cársica do rio Almonda, mas são grutas artificiais, criadas pela ação das picaretas sobre a pedra, extraindo-se facilmente o tufo calcário necessário à construção. Nos anos 30 do século XX encontraram-se, junto ao rio, artefactos neolíticos e ossadas, ponderando-se se as Grutas serviriam de abrigo a povos mais antigos que os romanos.
Existem várias destas “cavernas” subterrâneas ao longo da aldeia de Lapas, que hoje suportam casas e servem de oficinas ou de caves. Uma parte destas Grutas está preservada e protegida, sendo possível uma visitação a cerca de 700 metros quadrados deste monumento natural. O resto está vedado por “paredes”, construídas pela ação humana. Este museu “natural” situa-se numa rua estreita, de difícil passagem a dois veículos e quase sem estacionamento, no coração de Lapas. Quem desejar visitar as Grutas terá que deixar o carro mais longe, junto ao rio, e caminhar a pé até ao local.